domingo, 23 de dezembro de 2012

Então, é Natal.

Nunca o CD natalino de Simone fez tanto sentido. No passeio que fiz de Natalioca - a Frevioca toda iluminada pro Natal - foi a trilha sonora. O percurso segue pelos principais pontos de decoração do centro do Recife. A saída é na árvore gigante, em frente à Livraria Cultura do Paço Alfândega. Segue pela Ponte Giratória, Praça do Diário, Cinema São Luis, Rua da Aurora, Praça da República, Avenida Rio Branco, Rua do Bom Jesus, Marco Zero e volta ao ponto de partida.

Tá, na verdade, esse ano, a decoração não está lá essas coisas... Mas, o passeio não perde o encanto. Chega a ser engraçado ver a reação das pessoas que estão na rua e veem passar aquele "veículo" todo enfeitado com cascatas de led. Dentro da Natalioca, todo mundo tira foto, canta e até arrisca uma dançadinha. Não entendi muito porque, mas tem uma parada na frente da escultura em homenagem a João Cabral de Melo Neto. Segundo o nosso guia: "o poeta petrificado às margens do Capibaribe".

No final do percurso, fomos seguidos por um grupo de crianças, que dorme ali na Praça da República e queria saber de onde danado saía a Natalioca. Correram até o Paço Alfândega, acompanhando o carro e, por sorte, conseguiram pegar o passeio seguinte, que era o último da noite.

Ah, sim! Como não poderia deixar de ser, fomos recebidos na saída e na chegada pela Orquestra de Frevo Supapo, tocando canções de Natal no mais pernambucano dos ritmos.

Segundo nos informaram, mas é importante confirmar, os passeios seguem até o dia 30. Começam às 18h e tem duração de cerca de 30 minutos. São três por noite. E o melhor: de graça.


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sítio Histórico de Igarassu

Da primeira vez, foi preciso pegar PE-15/Boa Viagem, descer no terminal e pegar PE-15/Sítio Histórico, numa viagem sem fim. Mas, quando o ônibus parou ali no Sítio Histórico de Igarassu, vi logo que tinha valido a pena. Gosto de ver o tempo nas coisas. E lá, tem tempo de sobra.

Imaginava que fosse como Olinda, por exemplo. Mas, não é. Não entendo de arquitetura e, talvez, o estilo seja o mesmo. Mas, Igarassu, nessa partezinha do alto - Outeiro dos Santos Cosme e Damião - é branca e de pedra. Olinda é toda colorida.

Mesmo depois de todas as visitas, ainda me surpreendo com a quantidade de igreja: tem a Igreja Matriz dos Santos Cosme e Damião, Convento do Sagrado Coração de Jesus, Convento de Santo Antônio, Capela de Nossa Senhora do Livramento e Capela de São Sebastião.

A Igreja de São Cosme e Damião, do ano da graça de 1535. O Brasil mal tinha sido descoberto, minha gente e ela já tava lá. Dizem que é a igreja mais antiga, ainda de pé (e bem de pé) do país. Como boa pernambucana, acredito.

Além das igrejas, no Sítio Histórico ainda tem Casa de Câmara e Cadeia, lojinha de artesanato, Museu de Igarassu e o Marco de Pedra que delimitava as Capitanias de Pernambuco e Itamaracá que, por sinal, é a a melhor parada seguinte em dias de sol.


domingo, 7 de outubro de 2012

Recife - Gravatá

Eu nunca tinha ido à Gravatá. Já viajei até pra fora do país, mas Gravatá não conhecia. E a cidade fica ali, há 85km do Recife... Uma hora de estrada e estávamos lá. É uma viagem bonita. Bonito também foi o que encontramos no caminho: Oficina das Coisas. Um sítio-atelier com esculturas de ferro e madeira espalhados pelo terreno.Procurei referência na Internet, mas não encontrei. É fácil ver da estrada, porque tem um cavalo marinho e um bicho com três cabeças, feitos de ferro, logo na entrada.



Os portões estavam abertos, mas não encontramos ninguém, só muitas obras e uma cabana-atelier. Mas, o melhor-melhor foram os dois balanços desses de madeira, amarrados na árvore.


Seguimos em frente e passar pela Serra das Russas é sempre uma coisa linda. Na verdade, acho mais legal a volta, porque dá pra ver aquela ponte gigante! Embora, na ida tenha o túnel.

Parada seguinte: Rei da Coxinha. Escolho frango com catupiry (o segredo do negócio) e suco de laranja para acompanhar. Mas, o que não falta é opção. Tem coxinha de tudo que é jeito. Tem outras coisas também. E tem sempre muita gente! Indo lá, reparem na escultura que fica na entrada do estabelecimento:


Acho que não foi a melhor opção viajar em um sábado, véspera de eleição. Isso porque, principalmente no interior, a disputa ganha uma dimensão muito maior e mais acirrada. O centro da cidade tava uma loucura. Vermelho e azul. As cores de Bruno Martiniano (eleito prefeito) e Joaquim Neto. O que tinha de carro, moto, bicicleta, caminhão e gente fazendo campanha política, não era brincadeira.


Assim que chegamos na cidade, passamos no centro de informações turísticas. Além da gente, só o funcionário. Super atencioso, nos mostrou no mapa onde encontrar cada atração e sugeriu que voltássemos com mais tempo para fazer trilhas, tomar banho de cachoeira e conhecer a culinária local. Combinado. Fora que é preciso visitar Gravatá no inverno, né? Com direiro a casacos, echarpes, fondue, chocolate quente e vinho.

A nossa intenção era passar primeiro na feira livre, já que feira, quanto mais cedo melhor. Mas, não conseguimos nem chegar perto. Ainda meio perdidos na cidade, fomos à procura do famoso Alto do Cruzeiro, "de onde se tem uma vista linda e um pôr-do-sol espetacular". Faltou ver o pôr-do-sol, mas a vista é mesmo uma beleza. Dá pra subir de carro, mas se tiver coragem e disposição, também é possível encarar os 365 degraus da Escada da Felicidade.



Tem ainda o Cristo, olhando a cidade lá do alto, a Capela do Cristo Rei e o cruzeiro. E aviso logo: apesar do sol, faz frio na sombra. Isso em pleno mês de outubro.


Partimos para o Museu dos Carros Antigos. R$10,00 para entrar e o acesso é por uma lojinha de artesanato. Lá dentro, carros de várias marcas, modelos e décadas. Tinha até um que foi do rei Roberto Carlos, avalie você mesmo.



Depois de rodar muito, conseguimos uma vaguinha perto da Prefeitura e aí foi passear pelo centro. Fomos até a Capela de Sant´anna, a feira imeeeensa e o mercado público. Um detalhe: o trânsito é uma loucura. Atravessar a rua não é para fracos.



Passamos ainda pelo casario centenário e pelo museu da cidade, mas não entramos. Para encerrar, fomos até a antiga estação ferroviária, que hoje funciona como centro de vendas de artesanato local. Acho que o centro moveleiro merece uma visita à parte, é muita loja de móveis e objetos de decoração! Só outra ida pra entrar e olhar com calma cada uma delas.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Era a programação do domingo.

Feirinha de Boa Viagem e sorvete na FriSabor, ali no Hotel Boa Viagem, que não existe mais. No lugar, dois edifícios da Queiroz Galvão. Legal era dar volta de charrete pela praça, fazer bolinha de sabão e comer pastel de queijo. Teve uma época em que comprava boneca. Outra época, em que comprava colar, anel e pulseira. Tenho a impressão que as barraquinhas continuam as mesmas, mas acho que é só impressão. O que continua é o movimento do domingo. Do pessoal daqui e do pessoal de fora, que se hospeda em Boa Viagem. O que continua é o vento forte que vem da beira-mar. O que continua é a missa lotada das 6h da tarde na Igreja que não lembro azul, tão azul, mas que agora é.





Tava sem câmera ontem, mas achei essa foto linda de Beto Felix!

domingo, 30 de setembro de 2012

Centro de Artesanato do Recife


O Centro de Artesanato do Recife fica no antigo Armazém 11, ao lado do Marco Zero. Essa é a primeira obra do projeto de revitalização do Porto do Recife, prevista para terminar em 2014. No local, vão funcionar um museu em homenagem a Luiz Gonzaga, centro de convenções, escritórios e terminal marítimo de passageiros. Pelo que vi, acho que vai ficar alguma coisa parecida com Puerto Maderno ou com a parte nova de Lisboa, ali perto do Oceanário. Estou imaginando coisas? Estou sofrendo da megalomania pernambucana? Não sei.

O Centro de Artesanato em si não é lá muito grande. Na verdade, esperava mais. Mas, expõe e comercializa as obras de mais de 525 artesãos de todo o estado. Tudo identificado com origem e preço pra facilitar o processo... Tem muita coisa linda. Muita. O preço é pra turista. Mas, garimpando, dá pra encontrar coisa boa e barata.

Também chama a atenção, o Bistrô & Boteco com vista para o Capibaribe. Um espaço fechado, super bonito e que ontem estava lotado, apesar da capacidade para 400 pessoas...

Particularmente, o que achei mais legal foi o espaço para circular às margens do rio mais importante da cidade. Uma espécie de calçadão para andar de bicicleta, skate ou passear e aproveitar a paisagem. No fim da tarde, tem sombra e um vento bom danado. Difícil é sair de lá.

Aproveitei para conhecer o novo Espaço Caixa Cultural e ver a exposição "Macanudismo, quadrinhos, desenhos e pinturas de Liniers", de quem sou super fã. Taí, não imaginava ter uma exposição dele por aqui. Ainda mais com palestra e tarde de autógrafos com o próprio Liniers no dia 30 de novembro. Na ocasião, será lançado o Macanudo 5. Mas, a verdade é que a coleção já está no sexto e se alguém aí estiver indo pra Buenos Aires e quiser me fazer o favor... Fora que em espanhol é bem mais legal, né?

A exposição continua até o dia 02 de dezembro e funciona de terça a domingo, das 12 às 18h. Entrada franca. Por falar nisso, hoje tem exibição do documentário "Liniers, el trazo simple de las cosas", às 16:30. Já vi e indico demais.

Sim! Sobre o Centro de Artesanato do Recife, funciona de 10 às 20h, diariamente. Também com entrada franca.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Porto de Galinhas

O que falar sobre essa praia que foi eleita NOVE vezes consecutivas como a melhor do Brasil pela Revista Viagem e Turismo? Sim, porque por mais que eu fale, é preciso ir lá. Afundar os pés na areia branca, mergulhar nas águas cristalinas, passear de jangada pelas piscinas naturais e andar de uma ponta a outra. De Muro Alto até o Pontal de Maracaípe, 18 quilômetros de praia. De preferência, na maré baixa. E quanto mais baixa melhor! Porque Porto de Galinhas só revela os seus encantos quando o mar deixa... 


Ser uma praia visitada por turistas do mundo inteiro (tem gente que passa direto do Aeroporto dos Guararapes pra lá, sem nem dar uma passadinha em Recife e Olinda, acredita?) ajudou a melhorar (e muito) a infra-estrutura. Acesso, hotéis, bares, restaurantes, etc, etc, etc. Mas, também fez com que a praia perdesse um pouquinho do encanto da minha infância, quando veraneava por lá.


Hoje, tem muita gente, muito comércio e pouco sossego. Fora que você pode - como eu - acabar pagando R$30,00 pela cadeira + guarda-sol. Sim, R$30,00 é o preço da sombra. Água fresca é por fora. Mas, puxa vida, continua (super) valendo a pena. Uma dica: prefira dias úteis, evite domingos e feriados.


Para saber mais sobre Porto de Galinhas, como chegar, onde ficar, o que fazer, o site oficial.




domingo, 25 de março de 2012

Pátio do Sebo

O Pátio do Sebo fica bem no centro do Recife, na Rua da Roda, por trás da Avenida Guararapes. São 19 boxes, onde é possível comprar livros novos, usados e algumas raridades, por um precinho camarada.

Quando foi instalado, em 1981, o Pátio do Sebo recebia recitais de poesia e encontro de escritores. Antes disso, o local servia de banheiro público para os frequentadores dos bares da região.Hoje, a maior parte do público da praça é composta por estudantes à procura de livros didáticos. Colecionadores são cada vez mais raros. Talvez, pela falta de sinalização, divulgação e até mesmo estrutura. Mas, o ambiente é aconchegante com banquinhos e árvores que convidam à leitura.

No meio do Pátio do Sebo, está a figura de Mário Mota, membro da Academia Pernambucana e da Academia Brasileira de Letras. A escultura em concreto, mostra Mauro Mota sentado em um banco, lendo um grande livro, que pode ser compartilhado por quem sentar ao seu lado.